Crônicas
20/01/2022 20H13
Me embrenhei na caminhada de Elza Soares depois de vê-la em um show memorável em Itajaí. Fui conhecer mais ouvindo sua biografia, escrita por Zeca Camargo. Passei a segui-la no twitter, e o respeito só fazia aumentar.
A história de Elza (e começando o texto assim já sou encaminhado para as lembranças de um filme que também fala de uma leoa) Soares chega em gotas a quem, como eu, nasceu nos anos 1970. De forma esparsa, você vai tomando conhecimento de algumas passagens da vida desta cantora que vão formando um mosaico de sentimentos por ela que, muitas vezes, passam longe de sua trajetória musical.
A biografia, escrita por Zeca Camargo, é fluida, e não foge dos assuntos mais espinhosos de uma vida que caminha para a última década antes de entrar em um século de existência. E é surpreendente que Elza tenha conseguido chegar até este ponto, tendo superado tantos obstáculos, tragédias pessoais, um caso de amor autodestrutivo, drogas, escolhas infelizes na carreira musical e uma campanha orquestrada em um Brasil TFP dos anos 1960 que não suportava conviver com uma mulher que passou a viver com um ídolo do futebol, Garrincha, que já tinha uma família com 8 filhas.
Do alto da montanha russa, Elza foi jogada ao ponto mais baixo de seus dias de estrela, se apresentando em um circo. E de lá tirou forças para subir novamente, descer vertiginosamente para chegar ao ápice, já octogenária, dada como acabada por muitos e, dotada de enorme força pessoal, mulher do fim do mundo, carregar uma legião de fãs que não havia nascido quando sua primeira neta, Vanessa, havia sido gerada. É impressionante acompanhar a sucessão de acontecimentos que a vão carregando, em um turbilhão de momentos trágicos e quase inacreditáveis.
Para conhecer Elza, além de sua biografia, é imprescindível ler também a de Garrincha, A Estrela Solitária. Não é coincidência que os dois tenham partido no mesmo dia, com 39 anos de diferença.
A biografia, escrita por Zeca Camargo, é fluida, e não foge dos assuntos mais espinhosos de uma vida que caminha para a última década antes de entrar em um século de existência. E é surpreendente que Elza tenha conseguido chegar até este ponto, tendo superado tantos obstáculos, tragédias pessoais, um caso de amor autodestrutivo, drogas, escolhas infelizes na carreira musical e uma campanha orquestrada em um Brasil TFP dos anos 1960 que não suportava conviver com uma mulher que passou a viver com um ídolo do futebol, Garrincha, que já tinha uma família com 8 filhas.
Do alto da montanha russa, Elza foi jogada ao ponto mais baixo de seus dias de estrela, se apresentando em um circo. E de lá tirou forças para subir novamente, descer vertiginosamente para chegar ao ápice, já octogenária, dada como acabada por muitos e, dotada de enorme força pessoal, mulher do fim do mundo, carregar uma legião de fãs que não havia nascido quando sua primeira neta, Vanessa, havia sido gerada. É impressionante acompanhar a sucessão de acontecimentos que a vão carregando, em um turbilhão de momentos trágicos e quase inacreditáveis.
Para conhecer Elza, além de sua biografia, é imprescindível ler também a de Garrincha, A Estrela Solitária. Não é coincidência que os dois tenham partido no mesmo dia, com 39 anos de diferença.
ROBERTO VIEIRA
Roberto Vieira é diretor da BRio, radialista, publicitário e autor de No Tempo do Mundo - Crônicas de um Locutor que Escreve, disponível para compra em https://amzn.to/2ZGGt09
